O regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, perpetrado por Buíça e Alfredo Costa e secundado por uma conspiração onde pontificava Aquilino Ribeiro, vitimou el-Rei D. Carlos e seu filho primogénito, D. Luiz Filipe, que viajavam entre o Terreiro do Paço e as Necessidades numa carruagem aberta onde seguiam também D. Amélia e D. Manuel II, que escaparam ao atentado.
Este crime marcou o final de uma época de paz para Portugal.
Deu um golpe mortal na monarquia portuguesa, sendo o primeiro crime de morte sobre um Chefe de Estado português. A forma de fazer política utilizando o crime prosseguiria depois: Sidónio Pais virá também a ser assassinado e a onda de atentados à bomba e crimes de sangue continuará até mesmo depois do golpe militar de 28 de Maio de 1926.
A república que se instalou dois anos depois desta mancha negra da nossa história, em 1910, está assente neste acto cobarde que derruba um regime plenamente democrático onde o partido republicano concorria e perdia as eleições com menos de 10% dos votos.
Depois de 5 de Outubro de 1910 os partidos monárquicos foram impedidos de concorrer às eleições e a primeira vítima da sanha de Afonso Costa foram os mais esclarecidos membros da intelectualidade e do ensino português de então: os jesuítas, perseguidos anteriormente pelo marquês de Pombal e agora pelo ogre republicano ligado à maçonaria.
O país sofre uma onda de governos efémeros e uma instabilidade política que possibilitam à ditadura instalar-se em 1926.
A história ainda não se contou totalmente. A maçonaria de Magalhães Lima, Afonso Costa e outros criminosos criou a carbonária de Luz Almeida para fazer o jogo sujo do atentado e do assassinato.
A carbonária matou D. Carlos. Talvez tenha excedido as ordens que tinha, mas o regicídio acabou por servir às mil-maravilhas aos republicanos no médio prazo.
Os sucessores da política do crime continuam por aí, nomeadamente naqueles que constantemente se arrogam da chamada “ética republicana”, a mesma ética que produziu o regicídio do qual colheram os frutos e as prebendas. Se exceptuarmos o tacanho mas honesto período de Salazar à frente do país e o lumíneo sonho, quase intangível, do Presidente-Rei Sidónio, assassinado por um Júlio Costa, sobra uma república de ladrões e canalhas que culmina com os governos de hoje.
É, no entanto, no partido socialista que sobrevive mais vivo o espírito criminoso do regicídio, nunca condenado, sempre subliminarmente, quando não abertamente, acarinhado. Já escutámos Manuel Alegre, António Barreto, Raul Rego ou Mário Soares arrogarem-se do espírito da república, a mesma do regicídio. Já escutámos de viva voz a esses políticos a condenação da monarquia por ter sido não democrática, ao contrário de uma propalada democracia republicana no pós cinco de Outubro, numa tremenda distorção e falsificação da história.
Foi precisamente a república de 1910 que menos respeitou a democracia, impondo um partido único e impedindo os portugueses de votar. Apenas Sidónio Pais, convenientemente assassinado pela mesma carbonária que matou D. Carlos, instituiu o sufrágio universal e directo.
Celebrámos tristemente mais um dia 1 de Fevereiro, mais uma vez escrevemos para que a mentira e a lavagem ao cérebro de mais de cem anos não se continue a propalar. Dentro de meses, mais um sucessor desta república corrupta, assente no crime de sangue, António Costa, prepara-se para assaltar o poder através do seu partido, o PS, que continua a assumir-se como herdeiro da corrupção republicana.
Já sabemos do que o PS foi capaz de fazer, já sabemos que o último primeiro-ministro do PS, governo do qual Costa fez parte, está na cadeia, defendido com unhas e dentes por Mário Soares, outro dos sucessores de Buíça e dos variados Costas que mancharam de sangue a primeira república.
Esperamos com convicção que o António seja o último dos Costas a tentar assassinar Portugal e que o povo lhe dê o justo correctivo nas urnas.
Manuel Silveira da Cunha - O Diabo 05/02/2015
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