Na imagem, a comunidade portuguesa de Malaca em reveladora manifestação de patriotismo e fidelidade. |
O apelo comovido de Jerry Alcantra, responsável pelo modesto museu que a comunidade portuguesa de Malaca mantém na cidade, é mais um capítulo em longo livro da incompreensão, por vezes o desprezo injustificável e inqualificável, do Estado português pelos povos asiáticos de ascendência lusíada. Durante anos sem um mero consulado, hiato só este ano terminado, a os luso-malaqueses recebem de Portugal atenção magríssima que se resume, praticamente, à acção do Instituto Camões e da associação Korsang di Melaka, amiga e parceira da Nova Portugalidade sediada em Torres Vedras. É abundantemente claro que muito mais é de exigir das autoridades nacionais, que malbaratam, por ideologia ou puro desconhecimento e impreparação, o enorme serviço que os portugueses da Ásia - de Goa, de Malaca, de Macau, de Timor, do Ceilão, da Birmânia, da Tailândia - continuam a oferecer ao nome de Portugal. Trata-se, para mais, de uma traição intolerável a portugueses que são patriotas como poucos, e a quem garantir o mínimo que potenciasse o contínuo contacto com a cultura portuguesa não seria favor algum. Por isso mesmo continuará a Nova Portugalidade a defender estas gentes, a exigir a criação de um Instituto da Portugalidade que, dependendo do Ministério dos Negócios Estrangeiros português ou dos MNEs dos diversos Estados da Portugalidade se ocupe dos seus interesses e do seu reavivamento cultural, e, crucialmente, a querer a concessão de nacionalidade portuguesa aos povos descendentes de portugueses espalhados pelo mundo, tal como há anos, e bem, se decidiu fazer com os judeus sefarditas de raiz lusíada.
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